Apaixona-te por ti: todos os dias.

Olá mulher incrível,

Apaixonar-me por mim todos os dias é fácil? Faz sentido? Amo-me? Conheço-me? Sei do que gosto? É-me fácil perceber por que caminho quero ir? Tenho autoestima? Acredito em mim? Vivo comigo todos os dias: gosto verdadeiramente de mim? Aceito-me como sou? Todas estas perguntas já me passaram pela cabeça. E pela tua: também?

Na verdade, a maioria de nós tende a responder positivamente a todas estas dúvidas, mas o certo é que em muitos momentos da nossa vida, já nos sentimos inferiores, já nos sentimos menos. Quantas vezes olhas para para os outros e pensas que gostavas de ser diferente? Quantas vezes te procuraram para fazeres uma tarefa e imediatamente pensaste: eu não consigo! Quantas vezes te sentiste vítima, ao invés de continuares o teu caminho e lutares pelo que queres? Já te questionaste porque sentes uma tristeza profunda em determinados momentos? Já enfrentaste crises de ansiedade que parecem dominar o teu ser? E quanto a sentires-te constantemente dominada pelas expectativas e opiniões dos outros: acontece-te? Tudo isto tem a ver com o quanto te conheces e com o quanto gostas de ti.

A autodescoberta e amor próprio fazem parte de um processo contínuo que envolve desafiares-te a refletires sobre ti e a tua vida. Este é um convite caloroso para explorarmos juntas cada canto da tua essência, a abraçar quem és e a celebrar a magnificência única que carregas, e desvendarmos a verdadeira joia que és: sim, és uma mulher incrível!

A autoestima é influenciada por uma combinação de fatores, tanto internos quanto externos. Ela desenvolve-se ao longo do tempo e pode ser moldada por experiências, interações sociais, relacionamentos e a forma como uma pessoa se percebe a si mesma. Alguns dos principais contribuintes para a autoestima incluem as diversas experiências de vida por que passamos e a forma como percepcionamos a experiência:

- as relações interpessoais positivas, de apoio e respeito mútuo, podem fortalecer a autoestima, enquanto relacionamentos tóxicos ou abusivos podem prejudicá-la;

- o autoconhecimento, saber quem és;

- a aceitação pessoal, saber que ninguém é perfeito e todos somos únicos com as nossas qualidades e pontos a melhorar;

- o reconhecimento externo, sendo  que a validação de outras pessoas pode impactar enormemente a autoestima, do qual é importante não depender exclusivamente, confiando em nós mesmas;

- realização de metas, estabelecer e alcançar metas pessoais;

- a autocompaixão, devemos tratar-nos com gentileza e compaixão, especialmente nos momentos difíceis.

No fundo: eu mereço: merecemos. Eu basto-me: bastamo-nos.

Muitas vezes, somos levadas a acreditar que a nossa autoestima é moldada pela aparência externa, pelas opiniões dos outros ou pelas conquistas materiais. Contudo, a realidade é que a autoestima é intrínseca, enraizada no nosso eu interior. Vem da aceitação, do amor-próprio, da compreensão das nossas qualidades e da aceitação das nossas imperfeições. É um diálogo interno, uma relação positiva e compassiva com o nosso verdadeiro ser, que transcende as influências externas fugazes.

A autoestima não é algo que ou se tem ou não se tem: é um processo.  E o processo de ganhar autoestima é verdadeiramente transformador, é como cultivar um jardim interno. Começa por reconheceres e aceitares as tuas qualidades únicas. Libertares-te das amarras da autocrítica e elogiares cada conquista, mesmo as mais pequenas. Não permitas que a opinião dos outros determine o teu valor. Descobre a força interior que reside em ti e abraça-a com todo o teu ser. À medida que regas este jardim com amor e apreciação, verás as tuas qualidades florescerem.

Conheceres-te, olhares para dentro de ti e saberes quem és, é fundamental no processo de desenvolvimento de autoestima. Investir tempo precioso em explorares quem és, onde podes identificar as tuas paixões, valores e objetivos, vai-te levar ao amor próprio. Este mergulho profundo no teu próprio Eu é o primeiro passo para o cultivo de um amor próprio sólido e inabalável. À medida que te conheces, torna-se mais fácil abraçares cada faceta de ti mesma, aceitares-te e enfrentares o mundo com confiança renovada. À medida que te vais conhecendo melhor, vais ter mais força e elevar a tua autoestima.

Entenderes as tuas emoções é um processo vital e que só depende de ti. Embora te sintas vulnerável em determinados momentos, percepcionares as emoções tidas é fundamental para ganhares consciência das mesmas e poderes transformar essa vulnerabilidade em força: o verdadeiro poder. Aceita as tuas emoções como mensagens valiosas. Aprende a canalizá-las de forma positiva, reconhecendo que o desenvolvimento emocional é um processo contínuo. Cada desafio é uma oportunidade para crescer e fortalecer o teu eu emocional.

Amares a pessoa que és hoje, com todas as suas imperfeições e maravilhas, é um ato de amor para contigo mesma. Revela as tuas singularidades, celebra as tuas peculiaridades e abraça as tuas falhas: és única e é destas vulnerabilidades que se alimenta a tua força. A verdadeira beleza reside na aceitação incondicional de ti mesma. Ao te apaixonares por ti mesma, estás a construir uma base sólida para uma autoestima que não se abala perante as adversidades da vida.

Cada passo na direção do amor próprio merece ser celebrado. Não subestimes os teus esforços, por mais pequenos que possam parecer. Anota as tuas vitórias, desde as mais simples até às mais grandiosas. Criar o hábito de celebrar os teus sucessos é um ato de autocompaixão. Esta prática constante não apenas reforça a tua autoestima, mas também te lembra do quão incrível és, mesmo nos dias mais desafiadores.

Nunca te esqueças, que a opinião dos outros não define a tua essência. Cada mulher possui o poder inato de decidir quem é e quem quer ser. Liberta-te das expectativas alheias e abraça a tua verdadeira identidade. A autoconfiança cresce quando reconheces que és a única autoridade na construção do teu destino. A jornada de autodescoberta é uma viagem pessoal e única: permite-te ser a heroína da tua própria narrativa.

Talvez como tu, lutei contra a dependência emocional que me prendia numa busca constante por validação externa. A necessidade de aprovação obscurecia as minhas qualidades únicas. Por outro lado, ao partilhar os meus receios com pessoas próximas, verdadeiras amigas, recebi incentivos e validação que me fizeram perceber que era capaz. Eu sou capaz! A partir daí, cada desafio que abracei resultou em sucesso, mas era crucial ter consciência das minhas próprias qualidades, sem depender exclusivamente da validação externa. Hoje em dia, se tenho um desafio novo, por vezes ainda caio na tentação de sentir de que não sou capaz, que não tenho a capacidade que gostava para abraçar o desafio proposto. A grande mudança em mim, de que me orgulho muito, é que começei a acreditar nas minhas qualidades e, como tal, logo após estes pensamentos que ainda saltam em mim: páro, respiro e digo-me que sou capaz e que vai correr bem.

E vou em frente sem medos.

À medida que mergulhas profundamente nesta jornada de amor próprio, recorda-te de que és uma mulher extraordinária, capaz de transformar desafios em oportunidades de crescimento. Celebra-te diariamente, aceita-te incondicionalmente e mantém viva a chama da paixão por ti mesma. Este é o caminho para uma autoestima robusta e uma vida plena de realização.